quarta-feira, 30 de março de 2011

Apresentação do Projeto

Para dar início aos trabalhos realcionados ao projeto, fizemos uma roda de conversa com o intuíto de apresentar os livros que serão utilizados.
Livros utilizados:



(imagens disponíveis em: )

Piratas

Nesta semana demos início a um novo projeto que você pode conferir a seguir:

Everli e Karin

TURMA DE ATUAÇÃO: Pré – 32 crianças de 4 a 5 anos.
ÁREA DE FORMAÇÃO HUMANA: Pensamento lógico-matemático.
OBJETIVO GERAL:
Desenvolver gradativamente noções de localização e orientação espacial, tendo como referência pessoas e objetos entre si.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Identificar pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço.
Perceber noções de localização e direção, com o próprio corpo: adiante, atrás, à direita, à esquerda, acima, abaixo, dentro, fora, ao centro.
Identificar, segundo exploração do espaço e objetos, ideias de fronteira, dentro, fora e vizinhança.
Comunicar e reproduzir trajetos, considerando alguns elementos do entorno como pontos de referência.
Descrever e registrar pequenos percursos e trajetos, observando pontos de referência.
Orientar-se e localizar-se nos lugares significativos da instituição (banheiros, pátio interno e externo, entrada, secretaria, diretoria, entre outros).
Explorar o espaço deslocando-se para um destino proposto pelo adulto.
PERÍODO DE APLICAÇÃO: de março a julho de 2011 (11 semanas).
FREQUENCIA: Duas vezes por semana.
JUSTIFICATIVA:
Tendo em vista a curiosidade das crianças com relação a personagens lendários, como os piratas, e a possibilidade de associar o pensamento lógico-matemático com o desejo das crianças surgiu a ideia de envolver os conteúdos num projeto diferenciado.
Nas histórias, os piratas, sempre possuem um baú de tesouros enterrado em alguma ilha deserta e, para encontrar seus pertences faziam mapas marcando quantidade de passos e pontos de referência.
Como produto final faremos um livro contendo piratas famosos e mapas para encontrar seus tesouros.
METODOLOGIA:
Semana 1:
Apresentação do projeto e do livro “O Grande Livro dos Piratas” para as crianças. Assistir ao desenho “Peter Pan”.
Semana 2:
Início da confecção de um baú do tesouro. Apresentação de vários tipos de mapas, inclusive um de pirata. Confecção de uma bandeira de pirata (os símbolos serão apresentados e a escolha de um será feita por meio de votação e confecção de um gráfico).
Semana 3:
Medição do pátio e parque de areia (contagem de quantos passos de distância há entre um ponto e outro). Confecção de um mapa do pátio e da entrada Do CMEI até a sala. Assistir a um trecho do filme “Piratas do Caribe”.
Semana 4:
Brincadeira “Travessia do rio vermelho” e “Pirata saia do navio” . Registro da brincadeira no caderno. Escolha dos tesouros para o baú, estes tesouros poderão ser brinquedos, objetos pessoais ou imagens que tenham significado para as crianças.
Semana 5:
Caça ao tesouro: um brinquedo será escondido no pátio e as crianças, divididas em pequenos grupos, receberão um mapa para auxiliar na busca. Roda de conversa sobre o navio pirata .
Semana 6:
Leitura de mitos e superstições Piratas os textos serão digitados pela educadora e ilustrados pelas crianças, posteriormente serão reunidos para formar um pequeno livro para a biblioteca. “Corrida do tesouro” direcionando a mão em que deve ser carregado (direita ou esquerda).
Semana 7:
Roda de conversa sobre a bússola, enfocando o que é e para que serve. Confecção de uma bússola . Desenho com interferência (Rosa dos Ventos).
Semana 8:
Mapa secreto: desenhar um mapa, com suco de limão, em papel sulfite e esperar que seque. Depois de seco colocar contra uma luz forte para que o mapa apareça. Contação de história “O dia em que os piratas invadiram a baía de Paranaguá”.
Semana 9:
Leitura do “Guia ...”.
Confecção de dois mapas para o livro “Galeria de mapas”, contendo mapas e piratas trabalhados durante o projeto.
Semana 10:
Confecção de fantasias de pirata. Caça ao tesouro. Em pequenos grupos, auxiliados pela educadora ou pela professora, as crianças deverão seguir um mapa para encontrar um tesouro escondido dentro do CMEI. Depois, deverão reproduzir, de memória, o trajeto realizado.
Semana 11:
Produzir, com as crianças, um mapa do tesouro e convidar os pais para uma caça ao tesouro no CMEI. Término da produção do livro e apresentação do mesmo para as famílias.
Avaliação:

As crianças serão avaliadas individualmente durante as atividades através de pauta de observação, referente às noções básicas de trajeto e localização. Também serão avaliadas na relação número/quantidade (contagem de passos e objetos) durante as caças ao tesouro.

Dias de chuva

Sabe aquele dia em que nada dá certo? No seu planejamento havia uma atividade de movimento super legal mas, o detalhe: ela deveria acontecer no pátio e, assim como 99% dos CMEI's, o pátio não é coberto.
Só falta pedir ajuda para o Chapolin Colorado com a famosa frase: "E agora, quem poderá me defender?".
Calma, é nessas horas que a tão falada "flexibilidade" do planejamento deve entrar em ação.
A grande sacada é ter sempre uma atividade extra planejada para os dias de atividades em espalos externos. Neste caso mantivemos a ideia de movimento e trocamos as bolas por balões. O resultado da atividade foi o mesmo com a diferença de não precisar sair da sala e garantir (com o uso de balões) que nada seria quebrado.



terça-feira, 29 de março de 2011

Simplesmente incrível

Quem disse que minha turminha não sabe ler? Quem vê as fotos da Gabriela lendo um livro sozinha ou ainda da Isabelli lendo "O sanduíche da Maricota" pros seus colegas, acredita que elas estão lendo todas as palavras constantes no texto.
Estou muito orgulhosa de vocês mocinhas...

Verde que te quero verde.

Continuando os trabalhos com cores, trouxemos um saco surpresa. Dentro vários bichinhos de pelúcia. As crianças adoraram e acharam o máximo manipular os brinquedos.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Chapeuzinho Amarelo

(Imagem disponível em: http://www.chicobuarque.com.br/livros/mestre.asp?pg=chapeuzinho_01.htm)

Nossa sugestão de leitura desta semana é o livro "Chapeuzinho Amarelo", com texto de Chico Buarque (isso mesmo, o cantor, aquele dos lindos olhos) e ilustrações de Ziraldo (pai do Menino Maluquinho), esta história conta um pouco sobre uma menina medrosa que, ao encarar seu maior medo "(...)o medo, do medo, do medo de eoncontrar o lobo (...)", descobre que não era preciso ter medo. Com uma simples brincadeira de palavras LOBO - BOLO, ela aprende a transformar todas as suas aflições em uma deliciosa brincadeira.

Fizemos nossa roda de leitura ao lado do jardim do CMEI, as crianças amaram a história.





Ritmos e instrumentos

Sabemos que não é fácil fazer uma roda de conversa sobre ritmos musicais. Na verdade, este é um tema difícil de abordar com os pequenos. Por isso, iniciamos com um disparador um pouco diferente, uma sanfona mas, não uma sanfona qualquer, uma sanfona infantil, isso mesmo, ela tem tamanho adaptado aos mãos das crianças.
Com este disparador foi fácil iniciar o assunto, temos um aluno cuja família é gaúcha e por isso já conhecia o instrumento e, foi logo dizendo: "É uma gaita de música gauchesca.". A roda de conversa rendeu uma lista de instrumentos, uma lista de ritmos e uma roda de música, aonde as crianças puderam ouvir diferentes gêneros, alguns ainda desconhecidos como MPB (Girassol de Alceu Valença), outros que já fazem parte de seu cotidiano como o funk (Funk do xixi, de Ivete Sangalo).







Margarida Friorenta

Nada como uma boa história para começar o dia. Desta vez começamos com "A Margarida Friorenta",de Fernanda Lopes de Almeida, um texto leve e muito gostoso de ler, fala sobre carinho e amizade.

(Foto de arquivo pessoal)

"Era uma vez uma Margarida num jardim.
Quando ficou de noite, a Margarida começou a tremer.
Aí, passou a Borboleta Azul.
A Borboleta parou de voar.
- Por que você está tremendo?
- Frio!
- Oh! É horrível ficar com frio! E logo numa noite tão escura!
A Margarida deu uma espiada na noite.
E se encolheu nas suas folhas.
A Borboleta teve uma idéia:
- Espere um pouco!
E voou para o quarto da Ana Maria.
_ Psiu! Acorde!
- An! É você, Borboleta? Como vai?
- Eu vou bem. Mas a Margarida vai mal.
- O que é que ela tem?
- Frio, coitada!
- Então já sei o remédio. É trazer a Margarida pro meu quarto!
- Vou trazer já!
A Borboleta pediu ao cachorro Moleque:
- Você leva esse vaso pro quarto da Ana Maria?
Moleque era muito inteligente.
E levou o vaso muito bem.
Ana Maria abriu a porta para eles.
E deu um biscoito ao moleque.
A Margarida ficou na mesa de cabeceira.
Ana Maria se deitou.
Mas ouviu um barulhinho.
Era o vaso balançando.
A Margarida estava tremendo.
- Que é isso?
- Frio!
-Ainda? Então já sei! Vou arranjar um casaquinho pra você.
Ana Maria tirou o casaquinho da boneca.
Porque a boneca não estava com frio nenhum.
E vestou o casaquinho na Margarida.
- Agora você está bem. Durma e sonhe com os anjos.
Mas quem sonhou com os anjos foi Ana Maria.
A Margarida continuou a tremer.
Ana Maria acordou com o barulhinho.
- Outra vez? Então já sei. Vou arranjar uma casa pra você!
E Ana Maria arranjou uma casa para a Margarida.
Mas quando ia adormecendo ouviu outro barulhinho.
Era a Margarida tremendo.
Então Ana Maria descobriu tudo.
Foi lá e deu um beijo na Margarida.
A Margarida parou de tremer.
E dormiram muito bem a noite toda.
No dia seguinte Ana Maria disse para a Borboleta Azul:
_ Sabe, Borboleta? O frio da Margarida não era frio de casaco não!
E a Borboleta respondeu:
_ Ah! Entendi!"

As crianças adoraram a história e, após a leitura surgiu a ideia de produzir um jogo baseado na Margarida friorenta.
Então criamos um jogo cooperativo (em que não existe ganhador). O jogo é formado por uma folha de papel cartão verde, sobre ele colamos um círculo de papel cartão amarelo, deixando as abas soltas. Recortamos 48 pétalas de cartolina branca e confeccionamos um dado numerado de 1 a 3.
Cada jogador deve jogar o dado, coletar o número de pétalas sorteado e encaixá-las no miolo de papel cartão. Podemos adaptar o jogo para retirar as pétalas ao invés de colocá-las, tudo depende do objetivo do professor.
O resultado você pode conferir nas fotos abaixo:








quarta-feira, 23 de março de 2011

Festival de Teatro de Curitiba

Depois do sucesso da primeira edição, a mostra Guritiba está de volta para deixar a 20ª edição do Festival de Curitiba ainda mais divertida. A variedade de atrações é a marca da mostra voltada para as crianças, com espetáculos de música, teatro, dança e circo, que serão apresentados na reinauguração do Auditório Bento Mossurunga, do Colégio Estadual do Paraná.
Neste ano as apresentações serão dos dias 30 de março a 10 de abril. Entre as atrações está o show Música de Brinquedo, da banda mineira Pato Fu, que gravou um disco só com instrumentos de brinquedo. Haverá também apresentação do Balé da Cidade de São Paulo, com a coreografia Terra Papagallis, em parceria com a renomada Companhia Pia Fraus e o espetáculo A Lenda Mágica de Célio Amino e Ricardo Malerbi. Altíssimo nível de uma programação que ajuda a criar, desde a infância, o gosto pelas artes e pela cultura.
Terra Papagallis
O Balé da Cidade de São Paulo e a companhia Pia Fraus contam a história da pequena Manuela, que veio de um país distante e naufragou numa terra desconhecida. Esse é só o início de uma grande aventura, na qual a menina conhece uma aldeia de índios e com eles aprende a dançar, se encanta com golfinhos, cavalos marinhos e baleias que brincam com ela no mar. O espetáculo busca mostrar a importância da preservação e valorização da natureza brasileira.
A Lenda Mágica
O show é a versão infantil do espetáculo "Além da Mágica”, criado por Célio Amino, supervisão de dramaturgia de Francisco Medeiros e Matheus Parizi e direção de Ricardo Malerbi. A peça conta a história de um mágico no mundo do ilusionismo no Japão. Enquanto revive como criança os encontros com seus mestres, ele realiza os primeiros números de mágica que aprendeu. Baseada na vida e no ensinamento de Shunryu Suzuki (1905-1971), monge Zen japonês, a apresentação reúne 17 números de mágica, costurados por uma narrativa teatral.
Pato Fu – Show Música de Brinquedo
A banda mineira Pato Fu, inspirada no programa de fantoches “Os Muppets”, criou um álbum com canções clássicas do repertório nacional e internacional apenas com o uso de instrumentos infantis. O show vem encantando a criançada e também os mais velhos que ainda carregam na alma um jeito de criança.



Serviço:
Guritiba
Local: Auditório Bento Mossurunga (Colégio Estadual do Paraná)
Endereço: Av. João Gualberto, 250

Programação:
Terra Papagallis. Dias 31/03 e 01/04 às 19h30 e 2/04 às 16h.
A Lenda Mágica. Dias 09 e 10 às 16h
Pato Fu - Show Música de Brinquedo. Dia 7 e 8/04 às 19h30.
Ingressos: R$50 e R$25.
Fonte: Festival de Curitiba



domingo, 20 de março de 2011

Jogos matemáticos

Dentre os teóricos que contribuíram para o jogo se tornar uma proposta metodológica - com base científica - para a educação matemática, destaca as contribuições de Piaget e Vygostsky. Mesmo com algumas divergências teóricas, estes autores defendem a participação ativa do aluno no processo de aprendizagem. A principal questão é a que separa os enfoques cognitivos atuais entre o desenvolvimento e a concepção de aprendizagem. Segundo Piaget, a atividade direta do aluno sobre os objetos do conhecimento é o que ocasiona aprendizagem - ação do sujeito mediante o equilíbrio das estruturas cognitivas, o que sustenta a aprendizagem é o desenvolvimento cognitivo.
A aprendizagem está subordinada ao desenvolvimento. Nesta concepção de aprendizagem "... o jogo é elemento do ensino apenas como possibilitador de colocar o pensamento do sujeito como ação. O jogo é o elemento externo que irá atuar internamente no sujeito, possibilitando-o a chegar a uma nova estrutura de pensamento" (Moura, 1994, p. 20). Dependendo do papel que o jogo exerce na construção dos conceitos matemáticos, seja como material de ensino, seja como o de conhecimento feito ou se fazendo, tem as polêmicas teóricas entre os autores. Na concepção Piagetiana, o jogo assume a característica de promotor da aprendizagem da criança. Ao ser colocado diante de situações de brincadeira, a criança compreende a estrutura lógica do jogo e, conseqüentemente, a estrutura matemática presente neste jogo.
A operacionalização e análise destas idéias podem ser feitas em Kami & Declark (1994, p. 169). Segundo essas autoras, os "jogos em grupo fornecem caminhos para um jogo estruturado no qual eles [os alunos] são intrinsecamente motivados a pensar e a lembrar as combinações numéricas. Jogos em grupo permitem também que as crianças decidam qual jogo elas querem jogar, quando e com quem. Finalmente, esses jogos incentivam interação social e competição". Para Vygotsky, o jogo é visto como um conhecimento feito ou se fazendo, que se encontra impregnado do conteúdo cultural que emana da própria atividade. Seu uso requer um planejamento que permite a aprendizagem dos elementos sociais em que está inserido (conceitos matemáticos e culturais).
O jogo desempenha um papel importantíssimo na Educação Matemática. "Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança" (Kishimoto, 1994, p. 22). Através do jogo, temos a possibilidade de abrir espaço para a presença do lúdico na escola, não só como sinônimo de recreação e entretenimento. Muito mais do que um simples material instrucional, ele permite o desenvolvimento da criatividade, da iniciativa e da intuição. Enfim, do prazer, elemento indispensável para que ocorra aprendizagem significativa. Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Nós como educadores matemáticos, devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, desenvolvendo a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas. Os jogos, se convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a construção do conhecimento matemático.
Referimo-nos àqueles que implicam conhecimentos matemáticos. Vygotsky afirmava que através do brinquedo a criança aprende a agir numa esfera cognitivista, sendo livre para determinar suas próprias ações. Segundo ele, o brinquedo estimula a curiosidade e a autoconfiança, proporcionando desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção. O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os adolescentes gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido.
A aprendizagem através de jogos, como dominó, palavras cruzadas, memória e outros permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e até divertido.
Para isso, eles devem ser utilizados ocasionalmente para sanar as lacunas que se produzem na atividade escolar diária. Neste sentido verificamos que há três aspectos que por si só justificam a incorporação do jogo nas aulas. São estes: o caráter lúdico, o desenvolvimento de técnicas intelectuais e a formação de relações sociais. Jogar não é estudar nem trabalhar, porque jogando, a aluno aprende, sobretudo, a conhecer e compreender o mundo social que o rodeia.
Os jogos são educativos, sendo assim, requerem um plano de ação que permita a aprendizagem de conceitos matemáticos e culturais de uma maneira geral. Já que os jogos em sala de aula são importantes, devemos ocupar um horário dentro de nosso planejamento, de modo a permitir que o professor possa explorar todo o potencial dos jogos, processos de solução, registros e discussões sobre possíveis caminhos que poderão surgir. Os jogos podem ser utilizados pra introduzir, amadurecer conteúdos e preparar o aluno para aprofundar os itens já trabalhados.
Devem ser escolhidos e preparados com cuidado para levar o estudante a adquirir conceitos matemáticos de importância. Devemos utilizá-los não como instrumentos recreativos na aprendizagem, mas como facilitadores, colaborando para trabalhar os bloqueios que os alunos apresentam em relação a alguns conteúdos matemáticos. ''
Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la.
Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem. '' (Borin,1996,9). Segundo Malba Tahan, 1968, ''para que os jogos produzam os efeitos desejados é preciso que sejam de certa forma, dirigidos pelos educadores''.
Partindo do princípio que as crianças pensam de maneira diferente dos adultos e de que nosso objetivo não é ensiná-las a jogar, devemos acompanhar a maneira como as crianças jogam, sendo observadores atentos, interferindo para colocar questões interessantes (sem perturbar a dinâmica dos grupos) para, a partir disso, auxiliá-las a construir regras e a pensar de modo que elas entendam. Podemos afirma que ''o jogo aproxima-se da Matemática via desenvolvimento de habilidades de resoluções de problemas''.
Devemos escolher jogos que estimulem a resolução de problemas, principalmente quando o conteúdo a ser estudado for abstrato, difícil e desvinculado da prática diária, não nos esquecendo de respeitar as condições de cada comunidade e o querer de cada aluno. Essas atividades não devem ser muito fáceis nem muito difíceis e ser testadas antes de sua aplicação, a fim de enriquecer as experiências através de propostas de novas atividades, propiciando mais de uma situação.
Os jogos trabalhados em sala de aula devem ter regras, esses são classificados em três tipos:
1. Jogos estratégicos, onde são trabalhadas as habilidades que compõem o raciocínio lógico. Com eles, os alunos lêem as regras e buscam caminhos para atingirem o objetivo final, utilizando estratégias para isso. O fator sorte não interfere no resultado.
2. Jogos de treinamento, os quais são utilizados quando o professor percebe que alguns alunos precisam de reforço num determinado conteúdo e quer substituir as cansativas listas de exercícios. Neles, quase sempre o fator sorte exerce um papel preponderante e interfere nos resultados finais, o que pode frustrar as idéias anteriormente colocadas.
3. Jogos geométricos, que têm como objetivo desenvolver a habilidade de observação e o pensamento lógico.
Com eles conseguimos trabalhar figuras geométricas, semelhança de figuras, ângulos e polígonos. Os jogos com regras são importantes para o desenvolvimento do pensamento lógico, pois a aplicação sistemática das mesmas encaminha a deduções. São mais adequados para o desenvolvimento de habilidades de pensamento do que para o trabalho com algum conteúdo específico. As regras e os procedimentos devem ser apresentados aos jogadores antes da partida e preestabelecer os limites e possibilidades de ação de cada jogador. A responsabilidade de cumprir normas e zelar pelo seu cumprimento encoraja o desenvolvimento da iniciativa, da mente alerta e da confiança em dizer honestamente o que pensa. Os jogos estão em correspondência direta com o pensamento matemático.
Em ambos temos regras, instruções, operações, definições, deduções, desenvolvimento, utilização de normas e novos conhecimentos (resultados).
O trabalho com jogos matemáticos em sala de aula nos traz alguns benefícios:
•conseguimos detectar os alunos que estão com dificuldades reais
•o aluno demonstra para seus colegas e professores se o assunto foi bem assimilado
•existe uma competição entre os jogadores e os adversários, pois almejam vencer e para isso aperfeiçoam-se e ultrapassam seus limites
•durante o desenrolar de um jogo, observamos que o aluno se torna mais crítico, alerta e confiante, expressando o que pensa, elaborando perguntas e tirando conclusões sem necessidade da interferência ou aprovação do professor
•não existe o medo de errar, pois o erro é considerado um degrau necessário para se chegar a uma resposta correta
•o aluno se empolga com o clima de uma aula diferente, o que faz com que aprenda sem perceber.
Mas devemos, também, ter alguns cuidados ao escolher os jogos a serem aplicados:
•não tornar o jogo algo obrigatório
•escolher jogos em que o fator sorte não interfira nas jogadas, permitindo que vença aquele que descobrir as melhores estratégias
•utilizar atividades que envolvam dois ou mais alunos, para oportunizar a interação social
•estabelecer regras, que podem ou não ser modificadas no decorrer de uma rodada
•trabalhar a frustração pela derrota na criança, no sentido de minimizá-la
•estudar o jogo antes de aplicá-lo (o que só é possível, jogando).
Temos de formar a consciência de que os sujeitos, ao aprenderem, não o fazem como puros assimiladores de conhecimentos mas sim que, nesse processo, existem determinados componentes internos que não podem deixar de ser ignorados pelos educadores. Não é necessário ressaltar a grande importância da solução de problemas, pois vivemos em um mundo o qual cada vez mais, exige que as pessoas pensem, questionem e se arrisquem propondo soluções aos vários desafios os quais surgem no trabalho ou na vida cotidiana.
Para a aprendizagem é necessário que o aprendiz tenha um determinado nível de desenvolvimento. As situações de jogo são consideradas parte das atividades pedagógicas, justamente por serem elementos estimuladores do desenvolvimento. É esse raciocínio de que os sujeitos aprendem através dos jogos que nos leva a utilizá-los em sala de aula. Muitos ouvimos falar e falamos em vincular teoria à prática, mas quase não o fazemos. Utilizar jogos como recurso didático é uma chance que temos de fazê-lo.
Eles podem ser usados na classe como um prolongamento da prática habitual da aula.
São recursos interessantes e eficientes, que auxiliam os alunos. A seguir, apresentamos um exemplo de um jogo de adivinhação do número pensado. Essas atividades são problemas aritméticos disfarçados, baseadas no desenvolvimento de expressões matemáticas que levam a uma identidade ou igualdade algébrica a qual verificamos sempre, para qualquer valor da variável que contenha a expressão. A atividade a seguir reforça o cálculo mental a permite aplicar as propriedades dos números.
Entre os recursos didáticos citados nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) destacam-se os ''jogos''. Segundo os PCN, volume 3, não existe um caminho único e melhor para o ensino da Matemática, no entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa sua prática.
''Finalmente, um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver'' (PCN, 1997,48-49). Entendemos, portanto, que a aprendizagem deve acontecer de forma interessante e prazerosa e um recurso que possibilita isso são os jogos.
Miguel de Guzmán, 1986, expressa muito bem o sentido que essa atividade tem na educação matemática: ''O interesse dos jogos na educação não é apenas divertir, mas sim extrair dessa atividade matérias suficientes para gerar um conhecimento, interessar e fazer com que os estudantes pensem com certa motivação''.
Fonte: www.pr.senai.br

sábado, 19 de março de 2011

Tristeza


Ficamos muito entristecidos com o ocorrido no CMEI Olga Benário Prestes nas últimas semanas. Não podemos ficar de braços cruzados frente à falta de segurança e descaso com os CMEI's da cidade de Curitiba.
Durante anos lutamos por mais vagas e melhor atendimento para nossas crianças. E agora, temos de lutar para manter as poucas unidades que conquistamos. É um absurdo pensar que pessoas entrem num CMEI para roubar e destruir aquilo que é de uso e propriedade da comunidade curitibana.
Queremos manifestar aqui, nossa adesão ao movimento por mais segurança nos CMEI's de Curitiba. Afinal, a creche não é da prefeitura, da diretora ou das educadoras, mas sim, da comunidade e, principalmente, das CRIANÇAS de nossa cidade.
Karin Willms

"Pais de alunos do Centro Municipal de Ensino Infantil (CMEI) Olga Benário Prestes organizaram, na manhã de ontem, um protesto em frente ao prédio no bairro Pinheirinho.



Eles alertam que não há segurança no local, que já sofreu diversos arrombamentos e tentativas de assalto. Pai de uma aluna de 4 anos, Celso Nascimento Castilho conta que só no ano passado ocorreram dez arrombamentos no local.



Na semana passada a creche foi roubada duas vezes e os ladrões levaram uma lavadora de alta pressão, um rádio e brinquedos que haviam sido doados para as crianças.



“A gente teme pela segurança dos nossos filhos”, diz. Em uma ocasião, uma das mães e uma criança chegaram a ser ameaçadas no local por um homem armado com faca. O assaltante só teria desistido da ação após perceber a movimentação de outras pessoas.



Celso conta que, após as ocorrências, guardas foram designados para fazer a segurança da creche, mas teriam permanecido apenas 15 dias no local. “A gente quer que a Guarda Municipal permaneça 24 horas. Ali tem três prédios da prefeitura: o posto de saúde, a creche e o projeto Piá. Afinal a segurança é um direito das crianças”, disse. A Guarda Municipal alegou que não há viaturas e pessoas suficientes para fazer essa segurança."


O pequeno leitor (blog e site desenvolvidos por:Stela Loducca)

(Imagem disponível em http://blog.opequenoleitor.com.br/)

"Gostaria de contar que já está no ar o meu site do O Pequeno Leitor. Pra quem não sabe, vou falar como nasceu o projeto:


A idéia de criar O Pequeno Leitor nasceu da união de duas coisas. Primeiro, depois de 18 anos trabalhando como redatora publicitária, após o nascimento do meu filho, meu foco principal passou a ser assuntos relacionados ao desenvolvimento infantil.

Foi quando comecei a me dedicar a projetos voltados pra educação e fiz diversos cursos nessa área.

O segundo fator que deu vida ao O Pequeno Leitor, foi o Projeto Social de incentivo a leitura que eu desenvolvi numa Comunidade do Jaguaré, com crianças entre 5 a 10 anos. Vi na prática como a falta de estímulos na primeira infância criam buracos enormes no desenvolvimento intelectual dos pequenos.

A falta dos pais neste processo como exemplo e principais incentivadores, mais a falta de uma boa escola, são fatores determinantes nesse processo.

Tinha criança de 10 anos que não conseguia sequer recontar uma simples história, quanto mais escrever. Achei isso chocante, ainda mais comparado com as crianças de 5 anos do meu convívio em processo de alfabetização, que faziam isso com facilidade.

A partir daí, resolvi usar minha experiência publicitária em favor da leitura. O Pequeno Leitor foi pensado como se eu tivesse criado uma grande campanha de incentivo a leitura dentro de um ambiente onde essa geração domina desde cedo.

Decidi criar um site gratuito pra ser o mais democrático possível. Por incrível que pareça, estas crianças de comunidades carentes têm mais acessos a lan houses do que a um livro ou livraria. E estas crianças eu queria que pudessem ter acesso a essa informação.



No site, além de ler histórias e participar de muitas brincadeiras, as crianças poderão escrever e publicar suas próprias historinhas, passando pela aprovação do responsável e depois por mim. Os pequenos que quiserem desenhar suas próprias histórias, eu continuarei publicando no blog.

é importante os pais perceberem que a responsabilidade da formação do gosto e hábito pela leitura, começa dentro de casa. Esta não é uma responsabilidade só da escola como formadora.



Espero que gostem! "


(Palavras da autora do blog: http://blog.opequenoleitor.com.br/ , que deu origem ao site)


Este site é incrível. Os livros animados são uma excelente forma de apresentar a literatura aos pequenos e, principalmente de estimular o gosto pela leitura.


Vale a pena conferir...

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sugestão de vídeo

Nunca foi tão fácil entender as coisas. A TV escola apresenta, diariamente, vídeos curtos entitulados "De onde vem?". Sua personagem principal, a Kika, é uma garota de aproximadamente 7 anos de idade se pergunta o tempo todo "de onde vem?".
Uma dessas histórias é sobre de onde vem o arco-íris. A resposta é dada por ninguém menos do que o Sol. Isso mesmo, nosso astro rei ensina de forma alegre e divertida como o arco-íris é formado, além de apresentar Isaac Newton às crianças.

Então, "De onde vem?"

quinta-feira, 17 de março de 2011

Carnaval

Na sexta-feira anterior ao feriado de Carnaval, quem coordenou os trabalhos da turma foi a equipe de apoio, o resultado você pode conferir a seguir:


Hummm, que delícia!!!

Aprender as cores nunca foi tão gostoso e nem tão fácil. Quando eu era criança, a professora mandava pintar várias coisas que tinham a cor trabalhada ou pior, fazer bolinhas de papel crepom, as atividades pareciam intermináveis. Mas, na nossa turminha é bem diferente. A eleita desta semana foi a cor laranja. Para iniciar o assunto uma roda de conversa muito animada com uma sacola de caquis. Isso mesmo, CAQUIS.


Cada criança teve a oportunidade de falar sobre a fruta, de onde conhecia, se já tinha experimentado, etc. Depois, falamos sobre sua cor, e aí vem a parte mais gostosa, comemos todos os caquis da sacola. Uma parte desta bagunça você pode conferir nas fotos abaixo:









Leitura e escrita

No ano de 2011 o foco de trabalho da SME será o Pensamento lógico-matemático. Mesmo assim todas as outras áreas do conhecimento continuam sendo trabalhadas como nos anos anteriores.


Pensando nisso e, na necessidade de apresentar às crianças os diferentes gêneros textuais, apresentamos para a turma o gênero: GIBI. Isso mesmo, gibis, apesar de serem deixados de lado por muitos professores são uma fonte literária bastante importante no desenvolvimento da leitura e da escrita, principalmente nesta fase.

Os gibis trazem muitas ilustrações, bastante coloridas e chamativas, seus textos são todos em caixa alta e as crianças se identificam com suas histórias e personagens pois, em geral, Jô os conhecem de outros lugares como brinquedos e televisão.

Para apresentar este gênero aos pequenos começamos uma roda de conversa com bonecos da turma da Monica, assim observamos que a maioria das crianças conhecia os personagens e as histórias, então apresentamos os gibis, mostrando que os textos dentro de balões, bem diferente dos livros que lemos todos os dias.

Após a conversa, propusemos que as crianças recortassem, de gibis velhos e rasgados, balões de texto para colar no caderno a fim de apreender melhor o conteúdo trabalhado.