A escrita do nome próprio: passaporte para o mundo da leitura e da escrita
Sílvia Moretti Rosa Ferrari
Sílvia Moretti Rosa Ferrari
Ser capaz de escrever o próprio nome tem significado, ao longo dos tempos, uma conquista para o ser humano. Podemos de certa forma atribuir, a essa conquista, uma forte conotação simbólica: para o adulto analfabeto, ser capaz de escrever o próprio nome significa dar os primeiros passos para ultrapassar a linha divisória que o exclui do grupo dos que não assinam, dos que usam as digitais do seu polegar para serem reconhecidos como cidadãos. Para a criança, essa escrita possibilita uma atividade que lhe permite refletir sobre o sistema da escrita, adentrando parte específica e tão valorizada da nossa cultura. Em geral, grafar o próprio nome é também uma ação marcada pelo prazer resultante do sentimento de ser capaz de escrever e de se reconhecer naquela escrita. Tanto para os adultos como para as crianças, ainda que a escrita do próprio nome inicialmente não se dê dentro das normas padrão da língua, ela possibilita pensar sobre o sistema da escrita, uma vez que estão lidando com um modelo estável, que se refere a um único objeto e que, além de não permitir ambigüidade na sua interpretação, tem carga valorativa, pois se relaciona com a identidade do sujeito. “Aprende-se a ser a gente mesmo por escrito” (Ferreiro, 1995).
A escrita do nome é uma etapa muito importante no desenvolvimento de nossos pequenos e, procuramos proporcionar diferentes oportunidades para que eles possam se expressar. Para isso temos disponibilizado diversos riscantes e suportes para esta prática.
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